chaves e suas reeleições

O presidente venezuelano Hugo Chaves apresentou ao país um projeto de reforma da constituição a fim de se perpetuar no poder. Tal e qual Fidel. Por meio de reeleições sem fim. Ditadura com carinha de democracia. Que fofo.
Que esse senhor não é nenhum amante da democracia todos já sabemos. Primeiro tentou dar um golpe de estado. Depois mexeu na constituição, acabou com as oposições, com o congresso independente e com meios de comunicação que não concordavam com suas práticas.

Agora quer ser o Highlander da Venezuela: só morre se lhe cortarem a cabeça.

O pior, é que um tal de "Mark Weisbrot, co-diretor do Center for Economic and Policy Research (Cepr), um instituto de pesquisas políticas de Washington, de tendência centro-esquerdista" concorda. Leia aqui a reportagem da BBC.
Segundo ele trata-se de "'É um experimento inédito, mas um experimento muito democrático".
Democrático para quem cara pálida?!? A tal "reeleição infinita" vale somente para ele, presidente, e não para prefeitos ou governadores.
E o infeliz ainda compara o golpe com o sistema inglês, alegando que ninguém chamou de anti democrático quando Tony Blair ou Margaret Thatcher ficaram tanto tempo no poder.
Porém, o ilustre intelectual de centro esquerda, esquece que na Inglaterra o sistema é Parlamentarista e os dois eram primeiros ministros (tá certo o plural?!?) e não presidentes, como chaves. Quando o primeiro ministro perde apoio popular e parlamentar, cai. ele e todo o gabinete. NADA MAIS DEMOCRÁTICO.

E o melhor, ou pior, é que alguns petistas, com o apoio da OAB federal, pretendem uma assembleia constituinte para tratar somente de reforma política. Ora, lei eleitoral é feita pelo Congresso e não por meio de reforma, a não ser é claro, que alguém queira mexer na regra de reeleição...

Quem viver, verá.