06 março 2009

Collor, parte I

- O que pretende fazer na comissão de Infraestrutura?
Transitam pela comissão, além das obras do PAC, o controle das agências regulatórias, o pré-sal... Ela é mais importante do que se imagina. Quero ter uma agenda e um programa de trabalho para o horizonte de tempo de dois anos.
- Que interferência a comissão terá nas obras do PAC?
Nosso papel é o de fiscalização. Desde que foi lançado o PAC, defendo a iniciativa com entusiasmo. Além dos investimentos e dos benefícios que trarão à população, muito mais importante é a iniciativa do governo de liderar o processo de desenvolvimento, como indutor. Leva a iniciativa privada a acordar.
- Acha que o PAC caminha bem?
Em algumas regiões as obras sofrem atrasos. Em outras elas estão adiantadas. Vamos acompanhar de perto a execução, ajudando a fazer andar. A oposição diz que o PAC é mera carta de intenções. Não é assim. As coisas estão caminhando.
- Já falou com a ministra Dilma Rousseff?
Liguei pra ela. Estava embarcando pra São Paulo. Solicitei audiência tão logo regresse. Quero levar ao conhecimento dela o programa de trabalho da comissão.
- Pretende encontrar-se com o presidente Lula?
Acho necessário. Não irei só. A bancada do PTB tem a intenção de solicitar uma audiência. Vamos, mais uma vez, reafirmar ao presidente o apoio do PTB.
- Como foi a articulação que o levou à presidência da comissão?
Começou lá atrás, na costura da candidatura do presidente Sarney. Desde o início, a coordenação das hostes do governo foi falha. Houve muitas falhas.
- Que falhas?
Dizia-se que havia um entendimento, firmado há dois anos. O PMDB presidiria a Câmara e o PT o Senado. A gente sabe que, em política, esses compromissos de antanho não costumam se consumar. Houve uma precipitação do PT.
- Tião Viana não deveria ter disputado?
Não entro no mérito da qualificação do candidato. Mas eles, que falaram tanto em respeito à proporcionalidade, deveriam ter verificado que cabe à maior bancada do Senado, no caso a do PMDB, indicar o presidente da Casa. O PT, de forma açodada, lançou a candidatura.
- Está dizendo que quem quebrou a praxe da proporcionalidade foi o PT?
Foi precisamente o PT. Nunca tive nenhuma dúvida de que o PMDB lançaria um candidato. Lançou o presidente Sarney, que superava os limites da sua bancada.
- Qual foi o papel do PTB nesse processo?
Nas conversas iniciais, optamos pela candidatura do presidente Sarney e, como todas as outras legendas, fomos buscar nosso espaço.

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